Bruno Bonatto é conhecido por sua passagem em diferentes vertentes da música. Ele, que já foi backing vocal de Pepeu Gomes e Alcione, também deixou sua marca na TV ao fazer parte do The Voice Brasil e até cantar ao lado dos integrantes do Roupa Nova.
Em entrevista ao EntreMusic Brasil, Bruno falou sobre sua nova empreitada – o lançamento, agora no universo do sertanejo, e também contou detalhes da carreira no mundo da música. Confira o bate-papo na íntegra:
Bruno, quando decidiu ser cantor? Sempre foi um sonho pra você?
Fala galera do Portal EntreMusic, prazer falar com vocês! Bom, eu decidi ser cantor muito cedo. Com 8 anos, comecei a tocar violão e a escolinha que meu pai me colocou fazia apresentações todo fim de ano e eu era aquele mascotinho, aquele pequenininho com violão imenso, já sentindo aquela sensação de estar no palco. Com 14 anos eu compus minha primeira música, ali já vi que era o que eu queria, e eu já cantava, tocava violão na escola, então já vi que era uma coisa que realmente pulsava. Sempre foi um sonho, então realmente eu costumo dizer que eu sou um privilegiado, porque acho que poucas pessoas têm essa possibilidade de levantar a mão e dizer “hoje sou o que sonhei ser quando eu era criança”.
Em quem você se inspira quando o assunto é música?
São muitas inspirações, mas acho que a maior são os cantores românticos. Eu sempre achei muito legal o trabalho dos cantores românticos como o Fábio Júnior, que foi um cara muito importante nessa minha trajetória. Eu lembro que ganhei com 14 anos um disco dele ao vivo e eu ficava encantado com a forma como ele se colocava como artista, a magia que ele criava em torno dele. E eu ficava na frente do espelho cantando e imitando (risos). Acho que eu furei esse cd de tanto que eu ouvi, imitando, aprendendo as músicas… Então o Fábio foi um cara muito determinante e muito importante na minha construção como artista. Além de outros cantores românticos como Zé Augusto, Zezé di Camargo e Luciano, Chitãozinho e Xororó, Leandro e Leonardo, o Daniel também é um cara que tem muita importância nessa minha construção.
Você já foi backing vocal de grandes ícones. Qual foi o primeiro artista que te abriu portas?
Sim, eu já trabalhava em bandas de baile, bandas de evento, e assim você conhece uma pessoa, conhece outra, e eu fui indicado para fazer backing vocal do programa TV Xuxa, acredito ter sido 2011 ou 2012, e a partir dali surgiram outros convites para fazer coisas como o Criança Esperança, Caldeirão do Huck, Superstar, que participei com a banda Radiohits em 2014, e lá conheci o pessoal do The Voice Brasil, que era da mesma produção, então eles pegaram a gente para fazer os backing vocals do The Voice. Mas o primeiro artista que eu fiz backing vocal foi o Pepeu Gomes e pude aprender muito com ele, foi uma experiência incrível. Ficamos quase três anos trabalhando lá e aprendi muito com ele. A forma como ele lida com a banda, como ele arranja o show, cada detalhe que ele pensa musicalmente… Viver aquilo foi muito importante.
Quando você considera que aconteceu a grande virada de chave na sua carreira?
Cantar no baile é importante, acho que para todo artista, como uma formação. Você canta de tudo, você vive todos os universos musicais, todos os gêneros musicais e isso te dá também uma bagagem e te torna um artista mais eclético. Mas acho que a grande virada de chave foi quando, de fato, eu pude lançar minha carreira como cantor sertanejo, porque foi um resgate da essência da minha família do interior de Minas, essência de vida mesmo. Quando eu consegui, finalmente, me colocar como “Olha, eu sou um cantor desse segmento aqui, esse segmento aqui representa minha família, minha vida, minha essência”, eu acho que ali foi a grande virada de chave, que aí eu passei a ser o Bruno Bonatto, o cantor sertanejo. E, a partir daí, inúmeras coisas incríveis foram acontecendo, como, por exemplo, o Roupa Nova.
Você também já deu voz a personagens, dublando e interpretando canções. Conta pra gente sobre sua passagem pelas animações?
Esse é um trabalho muito gostoso de fazer, muito divertido. Já foram alguns personagens, comecei com o pé na porta com um solo para cinema. Foi o “Vulcão Lava”, um curta metragem antes do filme “DivertidaMente”. Lembro que eu levei meus pais para ver no cinema, botei o óculos 3D nos meus velhinhos, eles ficaram emocionados. Depois foram alguns trabalhos,como a voz cantada do Migo no filme “PéPequeno”, da Disney, algumas aberturas de animação como “Mickey Mouse Mix de Aventuras”, “Pokémon” em 2019, entre outros, já foram muitas produções. Agora estou gravando duas produções infantis que são “BabyBus”, que é legal porque meu filho assiste, então é o maior barato, e “Super JoJo”. Para a Disney estou fazendo uma série nova agora, “Wonderful Songs”, que ainda não sei como vai se chamar aqui em português, mas estamos começando a dublar. É uma sériezinha que pega todas as músicas icônicas da Disney e faz um curta dessas músicas em episódios de um minuto em média.
Como foi cantar no Roupa Nova? Qual a maior lição que você levou pra vida, estando entre uns dos maiores artistas do país?
O Roupa Nova foi o que eu chamo de rolés aleatórios na minha carreira (risos). Coisas como o “É Fantástico” na minha voz há 8 anos… Eu só olho para isso tão agradecido” Como Papai do Céu é tão bom para mim e me proporciona esse tipo de trabalho. O Roupa Nova foi assim, eu tinha feito alguns trabalhos com o Ricardo Feghali como backing vocal, já que ele tem um estúdio e produz outros artistas, então já gravei vocal em algumas produções dele. Quando o Serginho quebrou o pé, não pôde seguir com a banda, e em 40 anos de banda ele nunca tinha faltado a um show. Então o Feghali chamou o filho dele, um super baterista e pensou em mim para fazer a voz. Quando ele me ligou, eu nem acreditei no que eu estava ouvindo! Você imagina o Ricardo Feghali ligando e falando “Bruno, aconteceu isso, a gente não sabe o que faz, mas eu pensei em você, se importa de seguir com a gente como cantor nesse período?”
Foram três meses de muito carinho que eu recebi dos fãs, que eu recebi deles, muito aprendizado, muito cuidado. Tive o privilégio de conviver com o Paulinho e dividir o palco com ele no final da vida. Então foi um baita de um presente que Papai do Céu me deu e eu guardo no coração. Também ganhei um fã clube, o “Amor Se Faz”. Um beijo para as meninas do fã clube!
A partir de que momento você passou a se dedicar à carreira solo, no universo do sertanejo?
Eu já cantava em banda de baile e aí o sertanejo universitário começou a chegar forte nesse repertório da minha banda. Lembro que eu ia para a minha cidade lá em Minas (Miraí), e lá o pessoal só ouvia sertanejo. Um dia pensei “gente, isso é bom!”. Quando entendi melhor aquele movimento, vi que tinha chegado a hora e era o que eu queria para a minha carreira. Já tive uma dupla em 2014, e daí dei o pontapé inicial na minha carreira como cantor solo. De lá para cá, foram experiências incríveis, conquistando o Rio de Janeiro com o sertanejo, meio na contramão. Cada conquista vem com talento, com suor, com garra e vale muito a pena. Fazer o que a gente ama vale sempre a pena.
Conta pra gente sobre o single “O Mundo Dá Suas Voltas”? Quais foram as suas inspirações?
Música nova! “O mundo dá suas voltas” é uma composição minha. Fiz com muito carinho mas não é autobiográfica. Gosto de observar histórias e criar enredos, então a música é um desses enredos, é uma premissa muito importante da vida, afinal, o mundo dá suas voltas e isso vale para tudo, relacionamento amoroso, relacionamento profissional, para lidar com as pessoas no dia a dia. E eu tô muito feliz com o resultado dela, as pessoas adoram, todo mundo que ouve só dá feedback positivo, já tocou em algumas rádios e lançamos em alguns programas de TV também. Está disponível em todas as plataformas digitais.
O que podemos esperar para o segundo semestre desse ano?
Para esse segundo semestre vou seguir trabalhando na minha agenda de shows (disponível nas redes sociais), e seguir produzindo, lançando músicas. Temos uma nova música engatilhada! Pretendo fazer lançamentos de dois em dois meses, para a gente sempre ter um conteúdo novo.
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Quero mandar um beijo grande para todos os leitores da EntreMusic! E claro, lembrar a galera de me seguir no instagram, @brunobonattooficial e se inscrever lá no youtube que a gente está sempre colocando conteúdo novo para a galera curtir. A gente se esbarra aí pelos shows, espero encontrar muitos leitores do EntreMusic! Muito obrigado pelo carinho, pelo espaço e pela oportunidade. Um beijo grande, sucesso!
