quinta-feira, setembro 19, 2024
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Coestrela da peça “A Vela”, Herson Capri diz que ideia é “colocar preconceitos na linha de frente das discussões”

Desde que estreou na televisão em 1975, aos 23 anos de idade, Herson Capri realizou diversos trabalhos e hoje é um dos maiores nomes da teledramaturgia, do teatro e do cinema brasileiro, interpretando vilões e mocinhos. Além de atuar, o artista também dirigiu algumas peças.

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Atualmente, ele é coestrela na peça online “A Vela” na pele de Gracindo, um pai, professor aposentado, que expulsa o filho de casa por não aceitar sua orientação sexual. Vinte anos depois ele reencontra o filho, que agora é uma drag queen, e buscam uma reconciliação. A última sessão está prevista para o dia 10 de dezembro e os ingressos podem ser adquiridos no site da Eventim.

Herson bateu um papo exclusivo com o EntreMusic Brasil e contou sobre o convite para participar da peça, a preparação para o papel, o objetivo da peça, o preconceito na sociedade e muito mais. Confira abaixo!

Foto: Caio Gallucci

Como foi o convite para participar da peça “A Vela”, que está sendo transmitida pela internet?

Leandro Luna e Elias Andreato me convidaram e me enviaram o texto. Gostei muito do que li porque traz uma questão importante e atual. A peça discute preconceito, acolhimento e relação familiar de uma forma inteligente e sensível. Penso que é um bom momento pra se falar sobre isso.

Na peça, você interpreta um pai que não aceita a orientação sexual do filho. Qual foi a preparação para esse papel?

Eu já fiz muitos personagens conservadores no teatro, na TV e no cinema. Isso facilita a preparação. Além disso, os preconceitos estão por aí, à nossa volta, o tempo todo. Convivemos, de uma forma ou outra, com pessoas conservadoras e até com negacionista e fascistas. Um ator deve estar sempre atento e observando os comportamentos humanos.

Existe alguma característica no personagem com a qual você também se identifica?

O gosto pelos livros, pela cultura de forma geral. O Gracindo é um personagem que construiu sua família ao longo dos anos, assim como eu.

Um dos principais temas da peça é o preconceito. Como você enxerga isso na atualidade?

Toda a arte tem essa função, abrir as cabeças para o acolhimento do novo e das diferenças. A ideia nessa peça é exatamente essa. Colocar os preconceitos na linha de frente das discussões. Os preconceitos têm sido um dos mais fortes fatores de atraso do desenvolvimento humano. E a arte existe pra combater esse atraso.

Como você acredita que os espectadores podem se identificar com os personagens?

As pessoas podem se identificar em muitos sentidos: na inspiração para se reinventarem, reconstruírem relações conflituosas, a busca por uma vida menos limitada e preconceituosa, onde o espaço para as diferenças deve ser construído.

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Raphaela Dias
Raphaela Diashttp://www.entremusicbrasil.com
Jornalista, redatora no Entre Music Brasil e produtora de conteúdo na Deal's Art. Curiosa e apaixonada por boas histórias!

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