Lançado no dia 22 de fevereiro e dirigido por Michael Mann, “Ferrari” conta a história do empresário Enzo Ferrari, interpretado pelo ator Adam Driver, conhecido por viver papéis memoráveis como o Kylo Ren em “Star Wars: A Ascensão Skywalker”, e Maurizio Gucci em “Casa Gucci”. No decorrer do longa, o enredo apresenta os dilemas enfrentados pelo empresário italiano em 1957, 10 anos após a criação da da fabricante de carros esportivos.
O roteiro de Troy Kennedy Martin, muito bem construído e entrelaçado, remonta o período em que Enzo se vê diante da possível falência de sua empresa e passa por turbulências no casamento com Laura – essas causadas pelo relacionamento extraconjugal com Lina que trouxe como fruto um filho, Piero; e o luto vivido há anos devido a perda do seu primogênito, Dino.
No longa, são apresentados os pilotos da Ferrari, com um olhar maior para o corredor Afonso de Portago, interpretado pelo ator brasileiro Gabriel Leone, que na trama é o favorito a ganhar a tão temida “Mille Miglia” – corrida que mudaria o futuro da Ferrari, sendo vitória a única alternativa para Enzo.
Com relação à fotografia, Erik Messerschmidt traz às cenas o ar sombrio necessário para transportar o público para a época. Somado a isso, as locações, figurino e maquiagem também se encaixam ao contexto da narrativa dos anos 50 – com destaque para essa última, principalmente no que diz respeito ao ator Adam Driver, envelhecido sem muito uso de CGI (imagens computadorizadas).
Nas atuações, temos que destacar o trabalho desenvolvido pela atriz Penélope Cruz, que vive Laura Ferrari no longa. Com foco nas cenas finais, a atriz imprime expressões firmes e precisas exigidas pelo papel. E, claro, Adam Driver está impecável como Enzo Ferrari. O ator conseguiu entregar veracidade desde o modo de andar do personagem, até a personalidade do poderoso empresário.
Em suma, o longa ambienta a história da fabricante de carros de forma concisa. Um ponto a ressaltar, que poderia ser repensado, é o efeito prático aplicado nos acidentes, que deixa a cena pouco convincente, com o uso de bonecos. No entanto, de forma geral, os demais elementos conduzem para um resultado positivo.
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