Daniel Belmonte começou sua carreira aos 14 anos no quadro “Quem Chega Lá?”, do programa Domingão do Faustão. Aos 15 participou de “Malhação” e aos 18 passou a fazer teatro de rua com o famoso Amir Haddad. Também trabalhou em projetos humorísticos como diretor no programa “Zorra“, e ator no “Porta Dos Fundos“. Além disso, participou do Festival de Gramado com o Longa “Álbum em Família” (2022).
Hoje, depois de já ter passado por todas as etapas de criação para as telas, ele se prepara para as gravações de seu novo filme, “Sete Estações”, e também se dedica à literatura – em 2020, Daniel estreou como escritor, lançando seu primeiro livro “Laura É Um Nome Falso Para Alguém Que Eu Amei De Verdade”, e durante a pandemia ele escreveu “Cabeça Para Fora do Buraco”, que reúne poemas.
Em entrevista ao EntreMusic, ele conta sobre sua trajetória e as lições que aprendeu nos projetos que fez parte. Confira:
Você já fez de tudo um pouco: contrarregragem, operação de som, vídeo de peça, deu aula, fez peça em oficina e já participou como ator do Porta dos Fundos. Qual a maior lição que você tira de todas essas passagens?
De que todas as experiências sâo válidas. Mais do que isso, até. Fundamentais. No teatro e no audiovisual, conhecer todos os processos torna a gente mais preparado. Depois de ser contrarregra e operador de som, eu posso dirigir ou escrever uma peça de teatro sabendo tudo que envolve a produção além do palco. É a mesma coisa no cinema. O fato de já ter atuado, escrito, dirigido, faz com que eu possa fazer alguma dessas coisas com consciência do impacto delas na obra. Resumindo: já que não sei fazer nada bem, melhor tentar de tudo para errar bastante.
Quando aconteceu, na sua opinião, a maior virada de chave da sua carreira?
Ainda não aconteceu. Tomara que seja logo depois de dar essa resposta. Brincadeiras à parte, alguns momentos foram bem importantes: meu primeiro trabalho na televisão, estrear a primeira peça que escrevi, lançar meu primeiro livro, participar com meu filme do Festival de Gramado, entre outros. Mas a verdade é que quando vivemos um momento importante, não necessariamente percebemos que se trata de um momento importante. Só estamos vivendo o que está acontecendo naquela hora.
Quais são suas principais referências?
Larry David, Sofia Coppolla, Domingos de Oliveira, Caetano Veloso, Spike Lee, Woody Allen, Fellini, Nelson Rodrigues, Amir Haddad, Maria Clara Machado e tanta gente mais que não caberia aqui.
Conta um pouquinho da sua carreira como escritor também?
Tenho dois livros lançados. Laura é um nome falso para alguém que eu amei de verdade é um romance que se passa no Rio de Janeiro. São fragmentos que contam uma história. O título de cada capítulo é um lugar diferente da cidade. Juntos, eles formam o mapa afetivo de um relacionamento. Já Cabeça pra fora do buraco foi um livro de poemas que escrevi durante a pandemia.