Spark, nome artístico do jogador Anderson Talisca, tem se destacado também na cena do rap. Recentemente, ele lançou o single “Felina”, ao lado de L7, e ainda investiu em um selo próprio, o Nine Four Records, que hoje é responsável por alavancar talentos do hip hop no Nordeste brasileiro.
Em entrevista exclusiva, o jogador e cantor falou sobre sua decisão de se dedicar ao mundo da música, detalhou os bastidores dos novos projetos e ainda contou como tem se dividido entre as melodias e os jogos pelo Al Nassr. Confira na íntegra:
– Spark, conta pra gente sobre a origem do seu nome artístico?
Salve família da EntreMusic, Spark na voz aqui! A origem do nome Spark veio através de um filme, que estava assistindo com amigos e familiares, e um dos personagens se chamava Spark. Eu acabei tendo uma identificação muito forte com esse nome, achei legal, compartilhei com eles e ficamos com isso na cabeça. Dias depois, minha tia me deu uma Coca Cola, que tinha lançado umas latinhas especiais com nomes e naquela estava escrito “Spark”, pra mim foi a confirmação que eu precisava.
– Quando você decidiu trilhar uma história também no meio musical?
Trilhar uma história na música, é um desejo antigo, que veio lá de trás, antes de me tornar jogador, cheguei, inclusive, a ganhar alguns cachês quando garoto para tocar, e esse sonho nunca saiu da minha cabeça. Sempre fui um cara perfeccionista, e por isso acho que meu projeto vem crescendo bastante, é uma caminhada longa mas que será vitoriosa e só tem a contribuir com o cenário do hip hop e do trap, pois é feito com amor e dedicação.
– Quais são suas grandes referências?
Acho que minhas grandes referências do rap e do trap rap, são o norte americano BLXST – a principal delas, além de Matuê e Delacruz, que fazem um grande trabalho no Brasil, e agitam de forma muito positiva a cena.
– Você está em turnê, fazendo shows em diversas cidades da Europa e também no Brasil. Como está sendo esse encontro com o público? Dá aquele friozinho na barriga antes de subir no palco?
A turnê foi perfeita! Foi muito comunicativa com nosso público, uma comunicação surreal, mesmo, a galera nos recebeu super bem, os shows foram agitados, já que eu levo no meu repertório músicas atuais, vários raps e traps mais antigos e até algumas versões de reggae, colocando nosso estilo e nossa roupagem, e isso ajudou bastante o nosso desempenho, a produção está de parabéns, nossos músicos estão de parabéns, o Spark tá de parabéns. E claro, o friozinho na barriga tem em qualquer atividade da minha vida, tem que ter, significa que você realmente se importa com o que faz.
– Você lançou a faixa “Felina”, em parceria com L7. Conta pra gente como foi esse encontro de vozes?
Acho que essa faixa com o L7 foi uma conquista muito grande pra gente, esse encontro de vozes, a conexão do R&B com rap também me causou muita emoção, deu um balanço legal para a faixa, também. Não tenho como não sentir uma felicidade muito grande, fora que fortalecemos ainda mais nossa amizade, que vai além da música. Só tenho muito a agradecer ao L7NNON e sua equipe por termos feito esse projeto.
– Você criou um selo com o objetivo de lançar suas próprias faixas e também apoiar e promover novos talentos. Pode contar um pouquinho sobre o casting que está formando?
Ter meu selo próprio e trabalhando diretamente com rap e trap sempre foi um sonho meu, e o projeto Spark veio para iniciar isso tudo. Hoje a empresa vem crescendo bastante, com várias boas apostas como Ítalo Melo, RP, PH, Têco e adianto para vocês que está vindo outros mais, inclusive grandes nomes da cena. Esse crescimento da Nine Four Records vem acompanhando o crescimento do Spark – tivemos recentemente até um feat do Ítalo com o Delacruz, intitulado “Sou Fã”, que foi super bem aceito – tudo isso é fruto da nossa dedicação e profissionalismo de toda a equipe.
– O que podemos esperar para o segundo semestre desse ano?
O segundo semestre desse ano é muito importante para o Spark e para a Nine [Four Records], a gente tá fazendo um planejamento muito bom junto com a ONErpm, nossos parceiros, então estamos com uma consistência muito boa, o planejamento tá bem bacana – muito lançamento, muito feat, muito conteúdo, enfim, muita música boa! O nosso público pode esperar de braços abertos pra curtir tudo que vem aí, pois eles não vão se arrepender, não.
– Como você está conciliando a carreira de trapper com o futebol?
A conciliação do rap com o futebol é muito tranquila. Quando não estou jogando ou treinando (que é a noite), eu estou em casa, no meu estúdio, é minha forma de usar o tempo de descanso do futebol para trabalhar neste outro grande sonho. É claro que quando estou jogando não consigo abrir uma agenda de shows, mas realmente não me impede de criar, produzir, e trabalhar pela Nine Four [Records]. Quero dizer que chega até a ser cômodo pra mim, no sentido de que consigo levar as composições e demais trabalhos além da apresentação de forma muito leve e até saudável. E por isso eu vejo o projeto funcionando, é feito com carinho e pensando no pós carreira, já que a trajetória do jogador é bem mais curta.
– Deixe um recado para os leitores do Entremusic Brasil <3
Quero mandar um abraço para todos e todas que leem o EntreMusic. Tamo junto, continuem ouvindo Spark, quem não conhece fica o convite pra buscar na sua plataforma de áudio preferida, ouçam o Ítalo Melo, PH, Rafael Porrada, Têco, que também é uma galera batalhadora e merecedora da atenção de vocês, e garanto que não vão se decepcionar. Fé e vamos pra cima porque tem muito lançamento chegando. Obrigado e um beijo!