O cantor, músico, produtor e compositor paranaense Gustavo Araújo tem uma relação forte com a música desde a infância, mas é agora, aos 25 anos, que sua carreira vem ganhando forma. O artista lançou, recentemente, o single “Seca”, que faz parte do seu primeiro EP intitulado “Amargo”.
Com conteúdo profundo e emocionante tanto em suas poesias quanto na parte harmônica e melódica das instrumentalizações, o novo disco de Gustavo, que compôs por 6 anos para só então lançar o projeto, será um passo importante na sua trajetória musical, embarcando no universo do MPB.
O artista bateu um papo exclusivo com o EntreMusic Brasil para contar sobre o processo de criação de “Seca”, o que o público pode esperar dos próximos lançamento do EP, que inclusive traz participação de um outro compositor, e um pouco mais sobre sua carreira na música. Confira!
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Com quantos anos você descobriu o desejo de cantar?
Desde a infância, quando aos 7 anos permeava a escolinha de música, descobrindo um novo universo.
Quem te incentivou a cantar?
Minha mãe foi uma grande incentivadora e, sem dúvidas, as pessoas que estavam ao meu redor.
Como foi o início da sua carreira de cantor?
Tecnicamente, o início ao mundo está sendo agora lançando as primeiras canções do meu primeiro EP, mas toda essa relação com a música vem de muito tempo, o início das composições na adolescência.
Por que você escolheu a MPB?
Acho que a MPB que me escolheu, todo o processo aconteceu naturalmente, as composições foram caminhando para esse lado, e por achar que a MPB une uma quantidade enorme de ritmos e estéticas.
Além de cantar, você também compõe. De onde vem a inspiração para compor?
Minha inspiração vem da própria sensação que a música me traz, da maneira como a arte toca as pessoas.
Qual o maior desafio da profissão? E o que você mais gosta nela?
A busca pela própria estética, sintetizar o caos de nossas próprias conclusões, é umas das partes mais difíceis do processo, mas aos primeiros vestígios da materialização desse fragmento de canção é possível ter acesso a uma emoção única.
Tem algum momento da sua carreira que te marcou?
Um dos momentos mais emocionantes foi a gravação do meu primeiro disco, onde pude reunir pessoas fantásticas para realizar esse projeto, entre elas Ricardo Prado, Eduardo Touché, Martin Mendonça, Duda Machado, Felipe Tichauer, dentre outros profissionais que me ajudaram a realizar esse trabalho.
Em quais cantores você se inspira hoje?
Tom Zé, Gilberto Gil, Milton Nascimento e Djavan.
Você lançou, recentemente, seu primeiro single intitulado de “Seca”, que também leva seu nome na composição. Você se inspirou em algo ou alguém para compor? Conta um pouco pra gente.
“Seca” surgiu em um dia que eu estava ouvindo Samba em Prelúdio (Baden Powell / Vinicius de Moraes) em uma versão de Paulinho Nogueira, embora já até soubesse tocar aquela harmonia, ter ouvido aquela versão naquele momento me emocionou de um jeito diferente.
Quanto tempo demorou para você compor “Seca”?
Algumas horas, naquele mesmo dia terminei a canção.
Qual a ideia central que você quis passar na canção?
A canção traz algumas colagens de momentos soltos, brincando com o imaginário das pessoas.
“Seca” faz parte do seu novo projeto denominado “Amargo”. Por que a escolha desse nome?
Amargo por que acho que a escolha das músicas reúnem em suas narrativas uma perspectiva densa, falando de algumas formas de enxergar o amor piegas.
Quantas músicas, no total, vão integrar o álbum?
Serão 6 faixas, todas autorais, duas delas feitas em parceria com o compositor Souza, as canções “Por Enquanto” e “E ela”.
A próxima música já tem data de lançamento? E o álbum completo?
Sim, dia 28 de outubro lançaremos a próxima canção do disco, “Por Enquanto”. Já o EP acreditamos que até março de 2022 esteja inteiro nas plataformas.
Com as conquistas surgindo, você se sente realizado? Tem alguma coisa que ainda pretende fazer?
Uma infinidade de coisas a fazer, quero gravar com muitos artistas, compor e tocar pra muita gente.
Quais serão seus próximos passos profissionais?
Pretendo continuar compondo, gravando canções e levar essas canções para as pessoas.
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