Nascido no meio musical, Sâmi Rico lançou seu primeiro álbum, “Na Moagem (Ao Vivo)”, aos 22 anos, com vários sucessos do pai, como “Estrada da Vida”, “Vontade Dividida”, “Vá Pro Inferno Com Seu Amor” e “Desventura”.
Agora em 2024, Sâmi lança seu mais novo trabalho, “Bêbado Sem Noção”, que aborda a história de uma paixão sem limites e chega como uma grande homenagem a Zé Rico. O clipe, gravado por Jacques Jr., traz cenas cômicas e reais, e um final inusitado.
Em entrevista ao EntreMusic, Sâmi conta sobre o novo single e sua verdadeira inspiração em uma das maiores lendas do sertanejo. Confira:
Você sempre teve o sonho de viver da música?
A verdade é que respiro música desde sempre. Meu primeiro instrumento foi uma bateria dada pelo meu pai quando eu tinha apenas 1 ano e, pouco a pouco, tudo foi crescendo evoluindo. Não teve uma pressão, algo que eu precisasse fazer. Eu e a música somos uma relação de amor que levou o tempo necessário de construção e preparação e amadureceu.
Sâmi, conta um pouquinho sobre suas inspirações para “Bêbado Sem Noção”?
É difícil até falar sobre isso. Perdi meu pai muito cedo e foi um momento muito complicado, não só pra mim, mas para a minha irmã, minha mãe, nossa família no geral. Eu quis trazer um trecho da “Decida” para a “Bêbado Sem Noção” porque queria um pedacinho do meu pai aqui comigo, um abraço, algo que fizesse com que eu me sentisse confortado, sabe? A história em si acredito que seja muito parecida com o que muitos vivem, mas essa, em especial, retrata um dos meus amigos, um eterno apaixonado que quando bebe sofre por amor exatamente desse jeitinho. A música tem uma conexão grande com a verdade e esse talvez seja o segredo dela, além de um pedacinho do meu pai aqui comigo. Que ele me abençoe de onde estiver.
A gente sabe que o clipe mostra muito da identidade musical do artista. O que te ajudou a pensar no roteiro para a gravação do seu audiovisual?
O Jacques é um diretor brilhante! Ele retratou fielmente a história da música. Quando o roteiro chegou, todos nós adoramos! O filme também traz um final surpreendente, o que deixou o material ainda melhor.
O que você sentiu ao assistir o clipe pela primeira vez?
Um misto de emoção, ansiedade, felicidade, medo… Tudo junto e misturado! É meu primeiro clipe, filme de uma autoral. Uma virada de chave muito grande na minha carreira. Sem dúvidas, algo muito, mas muito especial e que certamente nunca irei esquecer.
Você descreveu a música como a história de uma paixão sem limites. Você já viveu um amor assim?
HAHAHAHA Já me apaixonei! Sou um grande apaixonado, mas confesso que viver essa história, desse jeito, ainda não aconteceu. Mas, está aí meu amigo pra provar que a dor do amor existe mesmo!
De onde surgiu a ideia de homenagear seu ídolo? Conta um pouco sobre o processo de composição?
Não tem como virar uma chave sem ter a benção do meu pai, entende? Além de ser o José Rico, lendário, ele era meu pai, só o meu pai. E é desse cara que eu sinto tantas saudades. Todo filho quer os pais próximos em momentos tão importantes. E essa foi uma ocasião em que eu quis muito que ele tivesse aqui, pra me acompanhar, me ver no clipe, ouvir a guia, enfim. É difícil falar sobre isso.
Conte curiosidades de bastidores que o público ainda não sabe sobre a gravação!
Olha, foi uma gravação bem divertida, bem divertida mesmo. Eu tenho um lado bem engraçado que poucos conhecem. E a equipe sabia que eu estava tenso, nervoso. E tudo fluiu muito bem. Várias brincadeiras e uma verdadeira aventura, já que o clipe foi gravado no Paraná. É o primeiro de muitos que ainda virão por aí.